| O Imperador Dom Pedro II, grande intelectual e amante da educação, da ciência e das artes, apoiou a criação de uma Comissão de Exploração composta de cientistas brasileiros com o objetivo de conhecer as riquezas dos reinos animal, vegetal e mineral nas Provîncias do Norte do Brasil, começando pela do Ceará.
Assim, em 4 de fevereiro de 1859, a bordo do vapor Tocantins, chegaram ao Ceará os cientístas da Missão e aqui permaneceram durante dois anos e meio, pesquisando as diversas regiões do Estado.
Em sua passagem pelo Ipu, além das pesquisas científicas, o relatório da Missão registra algo sobre a Vila, na época:
"O que no Ipu há digno de ver-se é a cascata, que ali forma o pequeno rio Paçuba (*), que, lançando-se do topo da serra, quando engrossado pelas chuvas, dá um pano de água estreito, mais de 600 palmos de altura; agora porém que o vimos em tempo seco, formava apenas uma chuva, que o vento dissipava em meio caminho. São as águas deste ribeiro, sempre constantes, que entretêm uma benfazeja umidade nestes sítios, dando-lhes contínua verdura e fecundidade incansável. Seis dias aqui consumimos em herborizações e outros estudos; e em 31 de outubro subimos a Serra Grande por uma escabrosa ladeira, como são todas as deste lado da serra".
(*) O ano da pasagem em Ipu foi 1860. Quanto ao nome do riacho, o autor, sem dúvida, se enganou, talvez tivesse ouvido Puçaba (Ipuçaba). |
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