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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ipuçaba

Data: 08/10/2009
Nome: FRANCISCO PAULO ROCHA DE OLIVEIRA
E-mail: paulurocha@uol.com.br
Assunto: "Riacho Ipuçaba, te quero vivo..

Por Natália Viana.

O riacho Ipuçaba é fonte de inspiração e de vida.

Nascente – olho d’água, no sítio São Paulo, no alto da serra da Ibiapaba, a 16 km da cidade de Ipu – Ceará.

Extensão – Percorre 26 km, da nascente à foz, no rio Jatobá, afluente do Acaraú, no sertão.

O riacho Ipuçaba recebe as águas de inúmeras grotas, formando várias cachoeiras: Gameleira, do Isaías, Urubu, Gangão e a famosa e bela Bica do Ipu, que se lança do alto da serra, de uma altura de 130 m.

Situação atual – degradação da mata ciliar, desvio e assoreamento de seu curso, poluição, recepção de esgotos, urbanização desordenada.

Ações corretivas - já foram construídos 80, dos 110 kits sanitários liberados para as margens do riacho, desde o sítio São Paulo até sua queda, na Várzea do Giló;

- restauração da mata ciliar e reflorestamento das áreas próximas;

- aterramento de parte da margem esquerda, na Travessa 26 de Agosto (beco da Beinha), para correção do desvio do leito natural, o que provocaria desabamento do muro imperial e da ponte;

- no próximo dia 20 de fevereiro, a SEMACE realizará um sobrevôo, para estudo da Área de Preservação Ambiental – APA da Bica, onde será instalada uma possível área de conservação e conseqüente desapropriação das margens do Ipuçaba.

A problemática “Ipuçaba” vem de longas datas; vejamos a composição poética e satírica, datada dos primeiros anos do século XX, letra de Dr. Abílio Martins e música de Dr. Apolônio de Perga Bandeira de Barros, Juiz de Direito de Ipu:

Letra da música

Águas de Ipu

Nem mais vale discutir (bis)
Sobre as águas do riacho
Todos pegam, todos tomam (bis)
Uns em cima, outros embaixo.

Estribilho:
Tomai, tomai, as águas, pessoal
Tapado em cima, protestai embaixo.
Eu quero ver a briga colossal
De todos vós, senhores do riacho (bis)

No Gangão, toma o João Bessa (bis)
Mais embaixo é o Marinho
Quando um abre, o outro fecha (bis)
Nem se importam com o Carrinho.

Mas Carrinho também toma (bis)
Vai tomando devagar,
Manel Vítor, mais embaixo (bis)
Deu agora pra tomar.

Zé Lourenço tomou sempre (bis)
Oh! meu Deus! Oh! que martírio
Quando toma o Zé Lourenço (bis)
Quem se agasta é seu Porfírio.

Seu Porfírio também toma (bis)
Como sempre aconteceu
E tapado assim não gosta (bis)
de ficar o Doroteu.

Quando a água chega lá (bis)
Doroteu toma demais
Mais embaixo, meio zangado (bis)
Fica logo seu Tomaz.

Lá então é tapação ((bis)
Tapação irredutível
Seu Tomaz tem teoria (bis)
De elevar um tal de nível.

Mais embaixo, um pouquinho (bis)
Seu Zezim toma demais
Neste ponto ele combina (bis)
Em pensar com seu Tomaz.

Os Gonçalos também tomam (bis)
Tomam, tomam a granel,
E só deixam um pinguinho (bis)
Pra tomar seu Coronel.

Os de baixo lá não tomam (bis)
Gritam logo a protestar
Só eu sei por que não tomam (bis)
Nem tem mais o que tomar.

Nem mais vale discutir (bis)
Sobre as águas do riacho.
Todos pegam, todos tomam (bis)
Uns em cima, outros embaixo.

Fonte : site da Prefeitura Municipal de Ipu
http://ipu.ce.gov.br/artigos.htm

Comento:
Parabenizo a amiga Natália Viana pelo esclarecedor artigo e pela brilhante idéia de reproduzir letra e a música - satirica e com riitmo de marchinha carnavalesca - "Águas do Ipu".

A música é simplesmente, GENIAL!!!

"Águas do Ipu" foi um achado para o carnAFAI 2010.

Para ouvi-la acesse http://ipu.ce.gov.br/artigos.htm

Em seguida (antes da letra) clique em "Ouça a Música"

Sugestão:
FAÇAM O "DOWNLOAD" DA MÚSICA. É IMPERDÍVEL.

Fiz e vou sugerir que a direção da AFAI a insira no seu do SITE

Paulo Rocha

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